Chapa fina quente e chapa fina fria: quais as diferenças

Chapa fina quente e chapa fina fria: quais as diferenças

O aço é um dos principais metais utilizados na construção civil hoje, pois é capaz de cumprir inúmeras funções em uma construção. Grande parte disso se deve à variedade de tipos de aço que você encontra, cada uma com diversas propriedades e composições em sua liga. Porém, há alternativas que têm a mesma composição, mas apresentam características diferentes, como é o caso da chapa fina quente e fria.

Essas duas formas de aço são bem comuns na indústria. Ainda que sejam produzidas a partir da mesma peça base, cada uma adquire características próprias e distintas, resultado do seu processo de laminação. Entender as diferenças entre essas duas peças é muito importante na hora de planejar uma obra ou oferecer seus produtos a um potencial cliente.

Acompanhe e entenda melhor as diferenças entre a chapa fina quente e a chapa fina fria.

O que é a chapa fina?

O nome, em si, é bem autoexplicativo. As chapas finas de aço são produzidas por meio de um processo chamado laminação, o qual envolve a compressão de uma bobina de aço sob dois cilindros, gerando essas placas de pequena espessura, como uma lâmina.

A espessura das lâminas também pode variar, bastando mudar a distância entre os compressores. Já suas outras dimensões geralmente são padronizadas. A largura fica em torno de 1200 mm, enquanto seu comprimento fica entre 2000 e 3000 mm.

Essas chapas, por sua vez, podem ser cortadas e moldadas para cumprir diferentes funções. Algumas são usadas como coberturas, formam peças ou são soldadas com outros metais para criar algo mais complexo. Por mais simples que esse processo seja, ele já provoca algumas alterações nas propriedades do aço.

Também vale lembrar que a laminação é um processo de moldagem aplicado a vários outros metais, não apenas ao aço. Essa é uma forma bem simples e eficaz de produzir um material com qualidades mais expressivas, o qual pode ser usado em tarefas específicas com maior eficiência.

Como são obtidas as chapas finas quente e fria?

Apesar de passarem pelo mesmo processo, realizar a laminação de uma peça de aço fria ou quente altera a estrutura final da peça.

Uma chapa fina quente é obtida quando o metal é laminado em uma temperatura elevada, geralmente começando em 1000ºC e terminado entre 900ºC e 700ºC. Após o procedimento de laminação, a chapa é resfriada levemente, para evitar o tensionamento do material, o que também reduz suas dimensões. Nesse momento, ele pode ser moldado com mais facilidade.

Já a chapa fina fria é obtida quando a laminação é realizada em temperatura ambiente. E como não passa por grandes mudanças de temperatura, ele não encolhe. Isso torna o aço mais denso, pois o material é comprimido enquanto ainda está frio.

Muitos negócios que fornecem material de construção e metais costumam oferecer os dois tipos de metal. Eles podem ser cortados e dobrados conforme as necessidades de cada cliente, para que possam fazer parte de uma estrutura mais elaborada.

Quais são suas características?

Entender as diferenças entre esses materiais é fundamental para aproveitar melhor os metais na construção civil. Naturalmente, isso também se aplica à montagem e estruturação das chapas finas. Veja, a seguir, as suas particularidades e como essas características devem ser consideradas na hora de fechar uma venda.

Chapa fina quente

Uma das vantagens da chapa fina quente é ela trazer maior soldabilidade e tenacidade, o que é ideal para situações em que o metal ainda será trabalhado. Por isso, também pode ser usado como metal de solda, para remendar falhas, por exemplo.

Como resultado do seu processo de resfriamento após a laminação, essa chapa também pode ficar enrugada, o que prejudica um pouco sua estética. Porém, esse é um aspecto que pode ser remediado com algumas técnicas de polimento. Sua cor também costuma ser levemente azulada, o que pode ser um ponto positivo em alguns projetos.

Chapa fina fria

Já uma chapa fina fria costuma ser mais resistente que sua alternativa, com uma estrutura mais sólida. Sendo assim, ele pode ser cortado e usado como base em mais ambientes. Porém, para obter essa maior resistência, ele perde parte de sua flexibilidade, o que dificulta um pouco seu corte e dobramento.

Sua estética também é mais atrativa logo de cara, pois tem a cor cinza sólida e lisa, sem as mesmas rugas da chapa fina quente. Como resultado, a peça não precisa de tanto acabamento estético para se encaixar bem no visual desejado. Em muitos casos, busca-se a tonalidade e aparência mais natural.

Quais são suas aplicações?

Tanto a chapa fina quente quanto a fria apresentam várias utilidades dentro da construção civil. Cada uma delas tirando maior proveito de suas características únicas.

A chapa quente é utilizada em vários tipos de estruturas que demandam flexibilidade ou que precisam ser moldados em formatos bem específicos. Esse é o caso, por exemplo, de trilhos, partes de vagões ferroviários, portas de metal e prateleiras. Sua composição mais leve e flexível tende a ser mais durável diante dessas pressões do que um material mais rígido.

Já a chapa fina fria, devido à sua maior dureza e acabamento liso, pode ser vista em inúmeros tipos de objetos metálicos usados no dia a dia. A maioria deles aproveita bem sua rigidez para não perder sua conformidade. É o caso de móveis com componentes de metal, gabinetes de computador, panelas e frigideiras.

Com a leitura deste conteúdo, você conseguirá aplicar cada peça em seus projetos de forma mais apropriada, usando todos os recursos corretamente. Assim, garantirá a satisfação da clientela e a qualidade de todo o trabalho em seus serviços.

Agora que você entende a diferença entre a chapa fina quente e fria, pode apontar essas qualidades para seus clientes na hora da venda. Oferecer produtos de maior qualidade é fundamental para garantir a satisfação do público. E, claro, não esqueça de incluir variedade em seu estoque.

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