
Indicadores de produção industrial: 7 métricas essenciais para otimizar sua fábrica
A indústria de ferro e aço é um setor essencial para toda a economia. O processamento da matéria-prima e a confecção de peças são as etapas que fornecem o material necessário para vários setores, principalmente a construção civil. Para manter a produtividade e elevar sua rentabilidade, é fundamental conhecer os principais indicadores de produção industrial a aplicar na sua fábrica.
Os indicadores de produção são estatísticas que indicam o desempenho da sua fábrica, tanto de forma quantitativa quanto qualitativa. Assim, você pode verificar se sua produção supre a demanda e atende às exigências do mercado.
Com as métricas certas, você consegue acompanhar não só seu desempenho atual, mas também avaliar seu progresso a longo prazo, o que é fundamental para promover o crescimento e aprimoramento constantes.
Para ajudar você a ter mais controle sobre sua fábrica, detalhamos neste artigo os 7 indicadores de produção industrial que você não pode deixar de monitorar no setor de ferro e aço!
1. Eficiência Geral dos Equipamentos
A Eficiência Geral dos Equipamentos (Overall Equipment Effectiveness — OEE) é um dos indicadores de qualidade da produção mais importantes. Ele avalia a aplicação geral dos seus equipamentos, mensurando a produtividade extraída do seu maquinário.
Esse indicador é baseado em 3 fatores:
- a disponibilidade do equipamento, que reflete seu tempo ativo e produtivo;
- o desempenho, que indica a quantidade produzida ao longo do dia;
- a qualidade, que reflete o número de defeitos e estado geral da sua produção.
Quando os equipamentos estão funcionando em alta capacidade, de forma estável e com poucos ou nenhum defeito nos produtos, a Eficiência Geral dos Equipamentos está elevada.
2. Produtividade Homem/Hora
Além de considerar a produtividade do seu maquinário, é essencial avaliar o desempenho da sua equipe dentro da fábrica. Afinal, é sua atuação que mais impacta a qualidade do produto final e a eficiência de todo o processo. O indicador de Produtividade Homem/Hora leva em conta o total de produção por cada hora de trabalho, para cada profissional.
A principal função dessa métrica é entender a eficiência da mão de obra, ou seja, quanto um único indivíduo consegue produzir em uma hora, sem considerar outras circunstâncias. Esse número, inclusive, ajuda a estimar o impacto da contratação de novos colaboradores na produtividade da fábrica.
3. Tempo Médio para Reparo
O Tempo Médio para Reparo (Mean Time to Repair — MTTR) corresponde ao tempo que sua equipe leva, em média, para consertar qualquer equipamento com defeito, deixando-o em estado funcional para que a produção possa ser retomada.
A métrica fornece à equipe de gestão da fábrica visibilidade para melhorar o planejamento do reparo de máquinas. Ao combiná-lo com a Produtividade Homem/Hora, o indicador também permite calcular o impacto desse tempo de reparo na produtividade.
4. Tempo Médio Entre Falhas
Similar à métrica anterior, o Tempo Médio Entre Falhas (Mean Time Between Failures — MTBF) indica o intervalo médio entre a ocorrência de defeitos no maquinário da sua fábrica. A partir dessa informação, você consegue estabelecer uma política de manutenção mais eficiente. Quanto maior for esse intervalo, mais otimizado será o uso do respectivo equipamento.
Problemas em qualquer equipamento podem ter um impacto considerável em toda a logística da fábrica, mesmo quando há uma boa previsibilidade sobre essas falhas. Por isso, implementar ações para aumentar o Tempo Médio Entre Falhas é uma forma de reduzir os custos de manutenção e melhorar a produtividade de um modo geral.
5. On Time In Full
Traduzido como “no prazo e completo”, On Time In Full (OTIF) é um indicador que representa o quanto sua empresa é capaz de atender às demandas do público, não só em termos de qualidade e quantidade, mas também em relação ao prazo desejado pelo cliente.
Esse é um indicador que reflete o alinhamento entre a eficiência da produção e a eficiência de vendas, já que essas duas áreas precisam trabalhar em conjunto para que o prazo de entrega seja condizente com a expectativa dos clientes.
Além disso, quanto maior o número de clientes que sua fábrica atender, mais importante é manter um ritmo de produção elevado. Nesse contexto, se o número de vendas ultrapassa a capacidade de produção, atrasos começam a ocorrer.
Já na situação contrária, quando a produção é maior que as vendas, sua mercadoria fica parada por mais tempo. Então, para manter um OTIF ideal, é preciso alcançar um equilíbrio entre produção e vendas.
6. Taxa de Retrabalho
Outro indicador de produção industrial que não pode ser negligenciado é a sua Taxa de Retrabalho. Essa métrica representa a proporção de unidades que saem da sua linha de produção, mas precisam ser retrabalhadas ou descartadas devido a algum defeito inicial.
Como você deve imaginar, a Taxa de Retrabalho se aplica aos produtos que saem diretamente da sua fábrica, ou seja, não considera eventuais danos durante o transporte de cargas.
Uma Taxa de Retrabalho muito alta indica a presença de problemas na sua linha de produção, que podem ser referentes a uma parte específica do processo ou a um desalinhamento ao nível da equipe. Em todo caso, é necessário fazer uma avaliação interna para identificar com precisão a falha e corrigi-la.
7. Tempo de Ciclo de Produção
Por fim, você precisa acompanhar o Tempo de Ciclo de Produção da sua fábrica. Esse é o tempo médio necessário para completar cada unidade em sua linha de produção, considerando o processo do início ao fim.
O Tempo de Ciclo de Produção deve ser levado em conta em todos os estágios do seu planejamento. Por exemplo, se um produto tem bastante sazonalidade, é interessante analisar como esse ciclo de produção pode ser acelerado ou reduzido, de acordo com a demanda de cada período.
Monitorar de perto seus indicadores de produção industrial é essencial para promover o crescimento e eficiência em sua fábrica. Para fazer esse acompanhamento com um máximo de precisão, elaborar projeções realistas e construir estratégias robustas, vale a pena investir em sistemas que permitam uma coleta de dados eficiente.
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